"A Audiodescrição é um modo de tradução
audiovisual intersemiótica (do visual para o verbal), que consiste na técnica
de narração realizada por um audiodescritor, que descreve com o máximo de
detalhes e sem julgamentos, tudo que acontece nas cenas de uma obra
audiovisual, de acordo com os espaços oferecidos entre os diálogos dos
personagens, respeitando o roteiro original, as intenções de pausas, ruídos
sonoros e trilhas. Um recurso de acesso e autonomia para pessoas com deficiência
visual e outros públicos."
(Maurício Santana –
Iguale)
Descrição de tira cômica (
História em Quadrinhos )
Fonte:
http://www.monica.com.br/comics/turma.htm
Legenda: história em quadrinhos
da Turma da Mônica, de Maurício de Souza, com a personagem Magali.
Descrição:
a
história em quadrinhos, composta por nove quadros, apresenta Magali, menina
morena com cabelos pretos curtos e vestido amarelo. A cena se passa em um
parque, em dia de sol. Além de Magali, participam também desta história em quadrinhos, seu pai, um homem magro, com cabelos louros repartidos de lado, camiseta polo branca com gola e punhos azuis e calça preta. Há também vendedores de picolé, pipoca, pastel, sorvete e algodão doce. As falas dela e do pai aparecem dentro de balões.
Q1
– Magali chega correndo com os braços abertos perto do carrinho amarelo de
picolés, com guarda-sol vermelho. Atrás dela, uma nuvenzinha branca de poeira.
O vendedor com camiseta lilás está com o braço apoiado no carrinho. Ela diz
sorridente: Oba!! picolé!
Q2
– Magali sai correndo chupando quatro picolés de uma vez só. Em volta de sua
cabeça, algumas gotinhas de saliva e acima de sua cabeça o barulho das
lambidas: Slep, slep. Atrás dela, seu pai, paga o sorveteiro com uma nota.
Q3
– Magali joga os palitos de picolé na lixeira, chega perto de um carrinho de
pipoca e diz: Oba! Pipoca!! O vendedor de camiseta vermelha, segurando no
carrinho de pipoca, olha para ela sorridente. Logo atrás dela, vem chegando seu
pai.
Q4
– O pai paga ao vendedor de pipoca e Magali sai apressada, segurando um
saquinho vermelho e comendo pipoca. Atrás dela, uma nuvenzinha branca de
poeira. Em cima de sua cabeça um balãozinho com os barulhos que ela faz para
comer: Chomp, chomp, chomp.
Q5
– Magali, apressada, atira o saquinho amassado de pipoca na lixeira e diz:
Oba!! Pastel!! Seu pai vem correndo atrás dela. Perto dele, uma nuvenzinha
branca de poeira.
Q6
–Enquanto seu pai, com a língua de fora, paga ao vendedor de pastéis, que está
dentro de um quiosque verde, Magali sai apressada com dois pasteis na mão. Vê
um sorveteiro com camiseta azul empurrando o carrinho de sorvetes e diz:Oba!!
Oba!!
Q7 –Magali anda chupando três sorvetes de casquinha, um lilás,
outro verde e outro rosa, e diz: Sorvete!! Seu pai vem apressado atrás dela
segurando os dois bolsos da calça vazios. Sobre sua cabeça algumas gotinhas de
suor e atrás dele uma nuvenzinha branca.
Q8 –O pai abre os braços sorridente e diz: Oba! Oba! Ela com um
sorvete na mão e jogando uma casquinha na lixeira, vira-se para ele espantada e
pergunta: Ué! O que foi?
Q9 – O pai,
com os braços abertos e algumas gotas de suor em torno desua cabeça, diz
aliviado em frente a um carrinho de algodão doce: Acabou a história! Ela olha
espantada para o carrinho, ainda com um sorvete na mão. O vendedor de camiseta
vermelha empurrando o carrinho amarelo também olha espantado para eles. No
canto esquerdo inferior, a palavra FIM.
UTILIZANDO A HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMO RECURSO PEDAGÓGICO
As histórias em quadrinhos estão inseridas nos meios de comunicação de
massa e sua produção tem crescido significativamente nas últimas décadas. Por
serem compostas de imagem e apresentar uma linguagem literária de fácil
compreensão, muitas vezes próxima à fala, elas se tornaram objeto de interesse
de diversas faixas etárias.
Ainda que como divertimento, as histórias em quadrinhos não deixam de levar o leitor a adquirir informação, pois elas são repletas de conhecimento e apresentam um modo de pensar, de se comportar, uma ideologia. Também podem desenvolver o raciocínio e a criatividade do aluno, levando-o a fazer uma articulação entre a linguagem escrita e a representação da imagem, uma complementando a outra.
Ainda que como divertimento, as histórias em quadrinhos não deixam de levar o leitor a adquirir informação, pois elas são repletas de conhecimento e apresentam um modo de pensar, de se comportar, uma ideologia. Também podem desenvolver o raciocínio e a criatividade do aluno, levando-o a fazer uma articulação entre a linguagem escrita e a representação da imagem, uma complementando a outra.
Segundo VERGUEIRO (2005, p. 65) as histórias em quadrinhos funcionam
como um ótimo recurso no ensino de língua portuguesa e, se bem trabalhadas,
propõem aos alunos um maior debate e aprofundamento do conteúdo abordado na
aula. Podem ser abordadas questões de variação lingüística, preconceito
lingüístico, a fala e a escrita como modalidades lingüísticas complementares,
aspectos da oralidade.
Os quadrinhos podem ser utilizados ainda em aulas de geografia, história e artes contribuindo de forma bastante significativa em cada uma destas disciplinas. Para o ensino de geografia e história existem exemplares que abordam informações específicas a serem trabalhadas pelos professores dentro do conteúdo programático da escola.No ensino das artes, as histórias em quadrinhos, segundo Vergueiro (2005, p. 131-149) podem ser um ótimo recurso, visto que todos os principais conceitos das artes plásticas estão embutidos nas páginas de uma história em quadrinhos. Assim, o educador pode mostrar ao aluno de forma divertida e prazerosa, a perspectiva, anatomia, luz, sombra, geometria, cores e composição.
Alunos e professores podem ir além da apreciação e da análise dos conteúdos das histórias em quadrinhos e produzirem também alguns exemplares. As histórias em quadrinhos podem ser produzidas por alunos e professores nos diversos níveis de escolaridade. Crianças em processo de alfabetização, por exemplo, que utilizam da linguagem pictórica, primeira linguagem desenvolvida como forma de comunicação, antes do desenvolvimento da escrita, e pouco da escrita alfabética, a qual elas têm pouco domínio, encontrarão na produção das histórias em quadrinhos um excelente meio de desenvolver-se no processo de elaboração da escrita, pois as histórias em quadrinhos utilizam muitas vezes uma linguagem próxima da fala, assim como os alunos a fazem no processo de alfabetização. O professor pode ler um conto ou um mito e sugerir que as crianças adaptem para a linguagem dos quadrinhos. Desta forma, a produção de histórias em quadrinhos pode favorecer a criatividade, a autoria, as técnicas de desenho, a linguagem, o raciocínio lógico.
Sucessivamente, este tipo de trabalho pode ser realizado nos níveis posteriores, trazendo novos desafios, novas temáticas para a produção, podendo explorar melhor a linguagem própria das histórias em quadrinhos, a depender do conhecimento e das possibilidades de trabalho dos alunos.
Os quadrinhos podem ser utilizados ainda em aulas de geografia, história e artes contribuindo de forma bastante significativa em cada uma destas disciplinas. Para o ensino de geografia e história existem exemplares que abordam informações específicas a serem trabalhadas pelos professores dentro do conteúdo programático da escola.No ensino das artes, as histórias em quadrinhos, segundo Vergueiro (2005, p. 131-149) podem ser um ótimo recurso, visto que todos os principais conceitos das artes plásticas estão embutidos nas páginas de uma história em quadrinhos. Assim, o educador pode mostrar ao aluno de forma divertida e prazerosa, a perspectiva, anatomia, luz, sombra, geometria, cores e composição.
Alunos e professores podem ir além da apreciação e da análise dos conteúdos das histórias em quadrinhos e produzirem também alguns exemplares. As histórias em quadrinhos podem ser produzidas por alunos e professores nos diversos níveis de escolaridade. Crianças em processo de alfabetização, por exemplo, que utilizam da linguagem pictórica, primeira linguagem desenvolvida como forma de comunicação, antes do desenvolvimento da escrita, e pouco da escrita alfabética, a qual elas têm pouco domínio, encontrarão na produção das histórias em quadrinhos um excelente meio de desenvolver-se no processo de elaboração da escrita, pois as histórias em quadrinhos utilizam muitas vezes uma linguagem próxima da fala, assim como os alunos a fazem no processo de alfabetização. O professor pode ler um conto ou um mito e sugerir que as crianças adaptem para a linguagem dos quadrinhos. Desta forma, a produção de histórias em quadrinhos pode favorecer a criatividade, a autoria, as técnicas de desenho, a linguagem, o raciocínio lógico.
Sucessivamente, este tipo de trabalho pode ser realizado nos níveis posteriores, trazendo novos desafios, novas temáticas para a produção, podendo explorar melhor a linguagem própria das histórias em quadrinhos, a depender do conhecimento e das possibilidades de trabalho dos alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
RAMA, Ângela; VERGUEIRO, Valdomiro
(orgs). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. 2. ed. São Paulo:
Contexto, 2005. 155 p.
BRASIL. Nota Técnica, Nº. 21. Orientações para
descrição de imagem na geração de material digital acessível – Mecdaisy.
MEC/SECADI/DPEE, 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=10538&Itemid=. Acesso em
01/11/2013.